Cachorro quente ou frio, misto quente ou idem , queijo de coalho.
Kafta, churrasquinho de frango , pão de alho.
Onipresente em certos equivocos da culinária informal, ele sempre está: O orégano.
Outro dia , num supermercado, fui verificar e conferir os ingredientes de um decantado "tempero a baiana" ,que numa prateleira, prometia a qualquer incauto os mistérios dos sabores de uma moqueca, um vatapá...
Tava lá, no rótulo: Curcuma , alho, cebola, pimenta calabresa, orégano. Orégano!!!!.Não bastasse a curcuma, essa raiz ralada boa para o preparo de frangos na comida do Goiás e de Minas...Mas o orégano em tempero "baiano" é muito jazz, e mal tocado. Improviso sem suingue, feijão com nescau.
Fiquei a imaginar Dona Leonor , longeva baiana do acarajé, a vociferar no seu tabuleiro, em frente à Despensa Peri, em Itapagipe, na Salvador nos meus tempos:
Ciniiiiinha!Cininhaaaaaaa! Cadê o orégano, minha filha? Tenho uma ruma de freguês aqui esperano e você nada de trazer esse orégano , Cininha? Que será de meu acarajé sem orégano?
Que a Sra já finada dona Leonor esteja com sua pele preta e seus cabelos brancos, seu amor por todos os erês dos quais eu era um, descansando no colo de uma Oxum que nem ela...Sua tradição se perpetua na minha memória, no que escrevo aqui, que tento carregar com a leveza daquela baiana retinta de mais de cem quilos, mas zero de orégano.
Pipoca com orégano, panqueca com orégano, cheetos com orégano.O orégano é tão ladino, que até em baseados ele se confunde . Mas não é tão latino que as cabeças confunda. Como, na cena política, nos procuram fazer as vestais de hoje, pilantras de sempre, e seus adversários que ontem, arautos, hoje , nos autos. Traduzindo: oposição e governo.
Mas , se falando em orégano, ele prossegue em sua sina, tentando corromper sabores, sem propriedade. Peixes ultra temperados, picanhas condimentadas, saladas, galinhas. O eterno gosto de pizza quer marcar sua identidade. O eterno gosto do que não vai dar em nada..
A culpa é do orégano
Mas , se falando em orégano, ele prossegue em sua sina, tentando corromper sabores, sem propriedade. Peixes ultra temperados, picanhas condimentadas, saladas, galinhas. O eterno gosto de pizza quer marcar sua identidade. O eterno gosto do que não vai dar em nada..
A culpa é do orégano
10 comentários:
hahahahahaha
que delícia ler esta crônica, querido bani vizinho!
Foi um prazer matinal!
bjks
Xiiii... eu que adoro orégano, será q devo passar a fazer pizza de orégano, sanduíche de orégano, etc, e poupar os outros ingredientes do que quer que suplante seus sabores??
Mas orégano é tão bom... ehehehehe
Genial Bani!
Agora baseado de orégano...sei não...passa aí!rs!
E família que blogueia unida...
Bj amoroso,
LU!
Baniiii boa tarde!!!!
Tarde fria aqui em Sampa..venha bem agasalhado amanha pro show heim..hehehe.Eu estarei lá te prestigiando.
Adorei a cronica..muito boa né..hehhehe.
Beijos
Pois é... Quando não acaba em orégano acaba em soro, que nem o Garotinho...
Hum... orégano!
Adoro!
Um complemento bem importante, né? rs
Imagine uma história sem aquele ponto final essencial, é bem parecido o contexto hein. rs
Amei o texto Bani, PARABÉNS mais uma vez!!!!!!!
Mostra cada vez mais que é uma pessoa completa.
aquele abração paulistano procê
Viche, esse minino!
Nem sabia que você era tão bom em outras áreas que não a música!
Parabéns!
Não sei porquê, só abri o blog agora...
Saudades da Dona Leonor, a sua e a minha...
Beijos
Leny
...e o livro quando sai? Há algum tempo não entrava nesse espaço, e deparo-me, novamente, com toda essa verve, com a faciidade em passar idéias e causos que só os inspirados por Deus conseguem ter...PArabéns, Bani!É um prazer ler seus escritos!
Beijos
Leny Bello
Bani achei muito interessante sua colocação sobre o orégano.Confesso que nunca tinha dado importância a tal.Achei maravilhosa suas correlações...sua crônica foi ótima!
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