quarta-feira, fevereiro 07, 2007

A Cor do Rei




A cor do Rei

João Bani

Certa vez na internet
Numa peleja de verbos e parco conhecimento
Da dimensão do elemento colocado em discussão
Não foi por vinte merréis pra pagar três e trezentos
A arenga do momento era a cor do rei do Baião

Cego mesmo ele não era, de Aderaldo o talento
Um globo ocular ocultando a santa terceira visão
Um olho morto por fora, enxerga tudo por dentro!
Outro bem vivo e atento, vê morena inspiração!

Soba, retinto ou cafuso
Sarará, bugre ou mulato
Cabo-verde misturado
Caboclo cabra da peste
Alma viva do Nordeste
Ave Luar encantado

Se era preto ou mestiço
Se tinha olho postiço
Me diz: que tem tudo isso
A ver com a auréola da Lua?
Gonzaga banhando o roçado
Luiz animando a rua
Xaxado, xote e baião
subindo a poeira do chão

5 comentários:

Anônimo disse...

"respeita João Bani!"
Puta texto!
:)

Maria Del Pilar disse...

Bani, muito linda esta mensagem.
Entre em contato comigo, urgente!!!
tels: 2576-6793 ou 9608-4722
bjs
Pilar Vazquez

FELIPE CERQUIZE disse...

Mestre, Bani!

Parabéns´pelo aniversário!

Você se lembra que esses seus versos sobre o rei do baião eu fiquei de musicar, não? Pois aproveito para lhe entregar o presente no dia do seu aniversário. Estou mandando agora par o seu e-mail.

Parabéns pela data, canmarada!

Felipe Cerquize

Luiz Alberto Machado disse...

Olá, João, muito bom este seu espaço, parabens. Estarei indicando nas minhas páginas.
Abração
www.luizalbertomachado.com

Klaudia Alvarez disse...

Baníssimo,

Que texto lindo...Que bom poder ler suas crônicas de novo, como nos velhos m-tempos.