Leny Bello
Ela é agitada, ansiosa, irrequieta e sincera. Ela rebate na lata, ela não te falta, ela está sempre pronta. Esse coração aberto de passo marcado, de compasso dividido por quantos for necessário. Essa mulher forte, amiga, leal, que nos apresenta os maiores valores que podemos esperar de uma amizade, carinho e verdade, chama-se Leny Bello.
Já se vão três anos do final de 2005, quando você se mostrou para mim uma grande amiga num momento de perda, com suas sinceras orações pela minha mãe.
Leny, minha querida. Dona Ruth recebeu suas orações, eu tenho certeza disso. Não sei se corações corajosos e generosos como os de vocês duas tem alguma espécie de “clube”, ou sociedade entre os diversos planos espirituais, mas ver nossa amizade, tudo o que você me ofereceu, o exemplo de vida, o entusiasmo, a energia, tudo me vem como uma encomenda de Dona Ruth.
Leny, a cada quarta feira que você ajudava uma entidade assistencial, você me ajudava também. Cada quarta era a “feira” de quinta e com ela eu pude contar durante todos esses meses. Nosso ciclo de Canto e Cantoria este ano inicia agora sua pausa exatamente quando novas oportunidades profissionais surgem para mim. E me dão a certeza de que mais valeu estar ao seu lado, da sua positividade, da sua garra e sinceridade, do que ter dado atenção a tristes vaticínios que tentaram impingir a meu futuro profissional. Meu tambor bate forte e para o bem! Meus “sérios problemas” agora são outros, como por exemplo, tentar conciliar uma agenda. E o de passar as quartas feiras sem sair daqui do Grajau de tardinha, pegando o rumo do Canto e Cantoria, para cortejar sua belíssima obra, minha querida. O ciclo da vida segue, novos ganhos e perdas virão, novas safras e entressafras, mas o que se consolida no coração não se esquece.
Muito obrigado, que Deus abençoe nossa amizade.
João Bani, 15 de outubro de 2008