tag:blogger.com,1999:blog-274504182024-03-07T23:20:15.998-03:00João Bani BlogAqui está meu blog, onde pretendo espelhar um pouco do meu pensamento. Este tambor eletrônico e verbal vai tocar com suingue? Vamos tentar.João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.comBlogger38125tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-74592396912515182372016-05-10T13:40:00.000-03:002016-05-10T13:40:23.794-03:00<div class="MsoNormal">
Na ponga do roubo alheio. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vejo na rede a comemoração desajeitada dos torcedores do
único clube que não tem titulo nacional
dentre os três pelos quais os baianos torcem: Bahia, Flamengo e Vexatória.,
este ultimo, o terceiro na preferencia dos baianos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Diante de um título que caiu no colo, as características dos
últimos jogos, com atuações parcialíssimas dos juízes, provocam nos vexatorianos um sarcasmo que não lhes cabe:
No espírito do “roubado é mais gostoso”, eles celebram a gatuna atuação dos
juízes, como se ao pequeno clube centenário coubesse a dedicação da
desonestidade de Vuaden e Daronco: Não, pequeninos que rodam a baiana e pegam
ar até quando levantam uma taça: Não foi dedicado a vocês o pênalti mal marcado
no primeiro jogo, tampouco o não marcado do segundo. Vocês não tem mercado nem
para tal. O roubo não foi a favor de vocês, mas contra o Bahia. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desde que o Bahia despachou o ultimo resquício de
administração arcaica, viciada, antidemocrática e clientelista, desde que denunciou a prática de jabá que havia entre
dirigentes e jornalistas, apontando e tornando públicos tanto uns quanto os outros, desde quando
Fernando Schimdt apelou por uma nova ordem no nosso futebol, denunciando os
desmandos e gestões duvidosas da CBF (o que viria a ser provado depois,
pela justiça americana), tendo sido o clube
inclusive ameaçado por isso. Desde quando Marcelo Sant`Ana reiterou essas
denuncias e, indo além , ousou tornar o Bahia o segundo clube brasileiro a
romper com o braço midiático da mesma CBF, a Globo , e assinar com o E.I. Desde
essas ações que só quem tem coragem e grandeza faz, o Bahia vem sendo combatido
por parte da imprensa local, e sofrendo retaliações da CBF e FBF. Seja na
escalação de estádios para jogar, quando fora de Salvador, seja na cara dura,
em atuações recomendadas aos seus <i>árbitros
para prejudicar o tricolor. </i>Sobre
isso, <b>Juca Kfouri</b> diz: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i>“Hoje, na Fonte Nova,
o Bahia vencia por 1 a 0 quando, aos 34 minutos do segundo tempo, o atacante
tricolor Henrique foi simplesmente atropelado violentamente por um zagueiro
rubro-negro na frente de Vuaden, que fingiu não ver. Teorias da conspiração são
apenas teorias da conspiração. Mas se você somar os erros que derrubaram o
Bahia no ano passado aos que impediram seu tricampeonato estadual só há uma
conclusão possível: a postura independente e crítica da direção do clube estão
incomodando a cartolagem nacional e não é pouco. Um absurdo, uma vergonha, um
escândalo!” </i><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
É claro que a moqueca local vai depreciar a figura do
jornalista que criou a maior revista esportiva da historia do Brasil, que fez a
crônica do futebol brasileiro nas ultimas quatro décadas. Alguns ousaram até
miar: “esses caras de fora não vivenciam o futebol baiano”. Estão começando a vivenciar. Se já estavam
atentos à perseguição que o Bahia sofre nacionalmente pela CBF, esse incidente
de domingo colocou holofotes no pequeno vitória como coadjuvante regional dessa
farsa, cachorro de peruca de estimação de Naldo. Sim, ele Ednaldo, mas as glorias não
são dele. Nem as do título nem as do roubo. Comemoram na ponga do roubo alheio. <o:p></o:p></div>
João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-13986633759776223982014-02-24T11:32:00.000-03:002014-02-24T11:44:20.788-03:00 A VIDA É PERNAMBUCANA<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy7EXCwsJZBAxJGxMxqH-B2w_ta0CF6yU7g2UABRhA_VpvR6Uu6RMIS-hV6MHG2Fpy5scnAefdtCsPCNWwaA4xo2H9PAC2xtJLq9wtLIokEyNPD1Wonc0U9avWGawKMPODjVCd/s1600/frevo.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy7EXCwsJZBAxJGxMxqH-B2w_ta0CF6yU7g2UABRhA_VpvR6Uu6RMIS-hV6MHG2Fpy5scnAefdtCsPCNWwaA4xo2H9PAC2xtJLq9wtLIokEyNPD1Wonc0U9avWGawKMPODjVCd/s1600/frevo.gif" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Na minha vida profissional tive até aqui a sorte de contar com Recife,
Gravatá, Garanhuns e outras cidades de Pernambuco como local de trabalho em
shows dos quais participei. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Na correria das obrigações e compromissos, o tempo para mergulhar no mar
cultural daquele estado vinha sendo invariavelmente curto. E, muitas vezes, nas
poucas oportunidades que tive, as pessoas locais que podiam me orientar estavam envolvidas no mesmo trabalho que nós, músicos, não sobrando
muito tempo a mais alem do que dar uma volta, curtir a maravilhosa culinária do sertão e do
mar (afinal, temos que nos alimentar, que então seja da melhor maneira), o que já é
um grande programa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Eu considero o pernambucano um dos povos mais ciosos da sua cultura, do
seu estado, da sua história. Algum folclorismo existe na alegada capacidade de creditarem
para sua gente todo o mérito da invenção de tudo, de serem detentores de recordes, da maior isso, do primeiro aquilo, sem
falar da rivalidade regional com baianos. Essa ultima, aliás, eu, como baiano
posso constatar: só passa de folclore
por quem leva a sério. E como eu não vejo xenofobia de outra forma que não
piada, brinco de volta, como dois velhos parceiros implicam um com o outro.
Afinal, quem melhor cantou uma pernambucana do que o baiano Caymmi, descrevendo Dora, a
rainha do Frevo e do Maracatu? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Quantas “Doras” existem no Recife, sabedoras de sua cultura, conhecendo a
história de sua terra, com olhos brilhando de entusiasmo ao falar dos frevos,
cirandas, maracatus, de personagens do
lugar? Quantas para lhe puxar pela mão levando a conhecer o forte coração pernambucano através do próprio
coração? No passo flutuante do frevo de um Capiba, mas também na literatura profunda de
um Suassuna? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghJ2Jg5uIYIDZxSRk0CARfWnbRqUQksizHbR-YRNnUunIjUpVE_QPvaB15grba8oRzZvsJ5QLn5SgeyTSetMAvMFgLaRSWH1NQL7MbmWBbhVWotkvKdzgLb39zUnhv8zv7N7ip/s1600/IMG0009F.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghJ2Jg5uIYIDZxSRk0CARfWnbRqUQksizHbR-YRNnUunIjUpVE_QPvaB15grba8oRzZvsJ5QLn5SgeyTSetMAvMFgLaRSWH1NQL7MbmWBbhVWotkvKdzgLb39zUnhv8zv7N7ip/s1600/IMG0009F.jpg" height="256" width="320" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Agora, primeira vez em que estive no Recife na época de maior
fervor cultural, que é exatamente esta que antecede o carnaval e passa por ele
(sim, porque em Pernambuco carnaval preserva sua cultura, não só entretenimento) , perdi
muita coisa no ultimo dia de estada, um domingo que seria de muita atividade de cirandas,
caboclinhos, maracatus, o que não pude curtir por causa do horario de embarque para o Rio, mas no dia anterior tive a
oportunidade de conferir um dos eventos mais importantes, pré carnavalescos da
cidade, o Baile Municipal. Comandados por Spok e sua orquestra de frevo, artistas como Elba Ramalho, Alceu, Antonio Nóbrega,
Jorge du Peixe, Nação Zumbi e outros desfiaram pentagramas de toneladas de
musicalidade e energia das mais positivas. Êxtase para um músico ver os colegas
fazendo tão bonito a nossa autentica música brasileira. E para foliões nas
fantasias mais diversas e criativas,
alegria e muita paz. Um banho de vida,
na alma pernambucana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Eu quero aqui agradecer a uma autêntica “Dora”, diante da minha gratidão
baiana, a aula de “pernambucanidade”, por me mostrar Recife, pela alegria e o
carinho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><span style="color: #444444; font-family: Verdana, sans-serif;">Aldja Tavares, muito obrigado. </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhksmAvHVXiWuayFhWLhOt4dYV49rSPfpyPZOn-6U3Md-mwZ7oTJOiJ-g6K_hD8dY19l-glptN-SkpGUo1OAfYQhp_LGIKlFnT46n35HPbgjRb-6AZsKgyFI9mrS9zhjs0p4MT2/s1600/1957383_10201695119764072_577781490_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhksmAvHVXiWuayFhWLhOt4dYV49rSPfpyPZOn-6U3Md-mwZ7oTJOiJ-g6K_hD8dY19l-glptN-SkpGUo1OAfYQhp_LGIKlFnT46n35HPbgjRb-6AZsKgyFI9mrS9zhjs0p4MT2/s1600/1957383_10201695119764072_577781490_n.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US"><br /></span></div>
João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-19901944644972928702013-08-16T11:09:00.001-03:002013-08-16T11:09:24.601-03:00<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
ESSA É UMA OBRA DE FICÇÃO. QUALQUER SEMELHANÇA COM PESSOAS
OU FATOS SERÁ MERA COINCIDÊNCIA. (João Bani) <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Salvador, julho de 2016. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sobre o aparador da sala, um porta retrato com imagens da
família numa lancha, tendo ao fundo a
famosa Ilha da Caraíba, em Santa Cruz, BA,
um pedaço de paraíso que ficou conhecido nacionalmente em 2007 quando a Operação Jaleco Branco, da Policia
Federal, encarcerou temporariamente Marcelão, seu pai. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Oferecendo um copo, que recuso, de um legitimo Blue Label (o
seu preferido, Green, saiu de produção – “Deixou saudades”, diz ele) Marcelinho
deixa soar um suspiro saudoso, reminiscências de um tempo de poder na politica
e no futebol da Bahia. Seu olhar repousa por alguns segundos na janela,
parecendo buscar no horizonte o passado que perdeu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O assunto vai ser política partidária ou política do Bahia?
– me pergunta o ex-deputado e ex-presidente do maior clube do Nordeste e um dos
maiores do Brasil. – vamos adiante. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O Bahia foi o meu maior acerto e meu maior erro. Minha vida foi conduzida por
meu pai tanto para a politica quanto para o Bahia. Por não ser sinceramente da
minha vontade, fracassei em ambos. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pergunto se o Centro de Treinamento criado na sua gestão não
lhe orgulhava, ele desconversa, para finalmente revelar: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Eu era refém da OES. Nós não conseguíamos obter patrocínio
com nenhuma outra grande empresa, que justificasse o Bahia envergar a marca. Perdemos
várias possibilidades devido a questões contábeis e legais do clube. Reconheço:
fui leniente. Por isso, quando o Carlão (Carlos Barreiros, presidente da OES)
numa festa na casa de Duda, me revelou que a empresa estava de olho na região
de Lauro de Freitas para construir um grande conjunto residencial, eu meio que
de brincadeira, perguntei se ele não queria comprar o Fazendão...(risos). Daí,
em diante, a história é conhecida. No que pode ser conhecida... A Cidade
Tricolor,e um patrocino anual certo, ainda que modesto, mas segurou muita coisa
para nós.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Pergunto sobre o futebol, as decepções e alegrias.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O futebol para mim era algo que conseguia suprir minha
pretensão. Tirar o clube da série B foi uma realização que estava do tamanho do
que eu achava suficiente para o Bahia. Quando vi que a contratação de
Angioma tinha me auferido aquela
conquista, relaxei e deleguei, deixei
Angioma livre para cuidar do futebol , negociar, etc...Havia atritos
dele com Nilton na questão da base, mas tudo era resolvido pelos empresários
dos meninos. As contratações eram definidas por Angioma e empresários
influentes, alguns dos quais me foram apresentados pelo Senchez, como o Carlos
Milk, por exemplo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter: E a Calcio?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-A Calcio precisava ser criada. Ninguém no futebol se
empenha por diletantismo, por entrega. Só a torcida... rsrs...A Calcio era o
suporte para o Bahia II, aquele que tinha prestigio na base e suas competições e seleções de
base, mas parava por aí. Já no profissional, havia outro grupo de interesses.
Se na Calcio/base o foco era a venda, no grupo de empresários de Angioma o foco
era a aquisição de jogadores desempregados. Mas havia situações em que esses
focos se entrelaçavam. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter: Angioma foi um acerto?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- De alguma maneira, acredito que sim. Como falei, nos legou
a subida para a série A. Mas cedeu demais aos seus empresários chegados, quando
montou aquele time que disputou o baiano, em 2011. Ele menosprezou o campeonato
baiano e resolveu montar uma “creche” de jovens jogadores formados, mas rejeitados
por times do sul/sudeste, depois de
profissionalizados. Ignorava solenemente nossa base, salvo se algum dos seus
empresários passasse a gerenciar a carreira.
O episódio dos jogadores no fim de 2010, que romperam com o clube, como
Alysson, Fernando, a briga de Jael, tudo isso era Angioma impondo quem ele
queria e quem ele não queria no elenco. Eu lavei as mãos: O futebol do Bahia
estava sob direção de um profissional reconhecido e famoso. Não era
responsabilidade minha...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter: E as promessas não cumpridas? De democratização,
de abertura para os sócios? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-O torcedor do Bahia é um abnegado. A participação política
do tricolor sempre foi sua presença vibrante nas arquibancadas. Nem teria
condições de arcar com despesas mensais
de associação. A direção deve ser feita por quem tem segurança
econômica. Esses representantes históricos do Bahia, como meu pai, como o Paulo
(Maracujá) e outros deram muito de si para esse clube. A conta não estava paga
ainda...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter:...Até chegar a intervenção?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Sim, até chegar aquele movimento politico comandado pelo
PT de Jacques Wagner. Aquilo foi uma violência desmedida, em conluio com
publicitários... E o preconceito contra a “Ribeira”? Eles queriam certamente “a
turma do Itaigara” , não da Ribeira, no comando. Falando em PT, uma grande decepção foi a contratação de Cristóvão, que depois
descobri ser filiado e fundador do PT...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter:...E que legou ao torcedor o quarto lugar no
Brasileiro de 2013 e o terceiro título nacional em 2015, ano passado...?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Mas ele fez tudo sob a estrutura que montei! A cidade
tricolor, principalmente, foi um diferencial tremendo. O Bahia hoje entra em
campo como time grande<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter:...E passou a entrar com os salários em dia, as
contas saneadas, aliado a uma fortíssima marca, com 60 mil sócios, com um valor de patrocínio entre os cinco
maiores do Brasil, tendo passado para a terceira faixa de cotas de TV...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
-Mas tudo isso foi resultado do trabalho que iniciei, não
tenha dúvida!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Reporter: A auditoria feita no Clube durante e após a
intervenção acabou levando o Senhor e outros ex-dirigentes a mais de um
processo criminal. Pelas apurações solicitadas pelo Dr. Rátis...<o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
-NÃO PRONUNCIE ESSE NOME NA MINHA CASA!!! SEU MOLEQUE!!!
RISADINHA...Ô RISADINHA! TIRE ESSE REPORTER DAQUI AGORA, BOTE ESSE CARA PRA
RUA, JÁ!!!<o:p></o:p></div>
João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-79232372123623940952012-04-29T23:37:00.001-03:002012-04-29T23:37:03.320-03:00<div class="MsoNormal">
Obrigado, Mãe Bahia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Baianos são nômades. Apesar da adoração pela própria origem,
metem o pé no mundo e levam seu berço a todo lugar. Uma identidade cultural
forte, quase religiosa, sincrética, ou melhor: sincrétnica, mas
fundamentalmente própria se mostra em vários cantos e amplos do mundo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Rio de Janeiro, essa histórica Meca nacional, tem uma
população de baianos que nos leva a imaginar que se o Rio e Bahia fossem países
diferentes, baianos teriam Green Card na Terra de São Sebastião. São muitos:
natos baianos do dendê ou <span> </span>cariocas da
gema filhos e netos de baianos exercendo todo tipo de atividade: não vamos cair
no estereótipo da música ou das artes. Estamos nelas sim, mas fundamentalmente
estamos em todo ramo de atividade. O túnel Rebouças que reúne a Zona Sul à Zona
Norte, por exemplo, tem seu nome em homenagem a dois irmãos de Cachoeira que
fizeram história na corte carioca: André e Antonio Rebouças, pilares da nossa
engenharia, e num tempo escravista, negros abolicionistas. E baianos. <span> </span>Como são baianos muitos jovens profissionais
que trazem sua força de trabalho e talento ao Rio hoje em dia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas para o torcedor do Bahea, vale mesmo é <span> </span>que o túnel lembra Roberto Rebouças, zagueiro
padroeiro da defesa tricolor, e liga a Zona Sul à Zona Norte, onde ficam Vila
Isabel e o Andaraí, os bairros que disputam a localização da Trigo e Cevada,
onde se concentra a Embaixada Tricolor Bahea da Guanabara para assistir os
jogos do Bahia.</div>
<div class="MsoNormal">
Neste domingo, a expectativa que havia de acompanharmos o
tricolor se esvaiu com as noticias de que o PFC não transmitiria o jogo. Ignorou
completamente a razão, bom sujeito não foi, e , ruim da cabeça, chutou nossa
perspectiva com seu pé doente. Mas somos da turma tricolor: um laptop com conexão
e um site transmissor de sinal da TV Bahia, de Salvador (é essa pirataria de
sinal que eles querem estimular?) nos fez tentar, a lentos quadros por muitos segundos e até mi,
tentar acompanhar o jogo entre Bahia e Vitória da Conquista. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sinceramente, quando escrevo esse texto, nem tenho como
detalhar nenhuma emoção do jogo em si, pelo que acontecia nele. A tortura era
tanta, pelas precárias condições de acompanhar a luta tricolor em campo,
em<span> </span>imagens <span> </span>que congelavam após um lançamento em direção
ao gol adversário,ou aquela troca de passes invadindo a área do bode,que o
grito de gol nunca foi tão surdo. Porque se frustrava na própria expectativa do
fim da jogada. Havia uma jogada de perigo e ela parava na Rede Sacana de Computadores.
Cobrança de lateral ou comentaristas falando abobrinha, tudo bem: parecia que estávamos
em tempo realmente real, a transmissão corria solta e leve.<span> </span>Mas bastava o tricolor partir para cima
articulando nossas expectativas e ...Travava.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Ficávamos esperando o tempo da transmissão se regularizar na
esperança de podermos ver algum dos nossos vibrando em direção à torcida. <br />
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Nada.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Até que tudo parou de vez. A transmissão caiu. Nada se sabia sobre
o jogo do Bahia. Minutos terríveis se passando naquele zero a zero que
eliminaria o tricolor da final. <span> </span>E oito <span> </span>bravos tricolores baianos no Rio se calaram. Nossas
mentes foram invadidas por tudo que o silêncio pode proporcionar aos 42 minutos
do segundo tempo com seu time caminhando para uma eliminação. Todo tipo de imaginação,
toda multiplicação da tristeza. <br />
</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Então um telefone tocou.</div>
<div class="MsoNormal">
O que pode gerar um celular tocando num bar? Nada de
especial, muitas vezes nem seria <span> </span>atendido. Mas não esse.</div>
<div class="MsoNormal">
Alguém teve esperança: </div>
<div class="MsoNormal">
-Foi gol.</div>
<div class="MsoNormal">
Cada um de nós olhou para aquele aparelhinho com olhos de
fome feliz, esperando um sorteio, uma notícia boa <span> </span>do ultimo sopro de esperança</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
O Dono atendeu:</div>
<div class="MsoNormal">
- Oi mãe, e aí?</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
Os olhos do filho brilharam felizes,</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
</div>
<div class="MsoNormal">
- <span> </span>GOL DO BAHEA PORRA!!!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dona Ana, mãe do Mateus “Coroa”, muito obrigado, minha
querida tricolor. </div>
<div class="MsoNormal">
A senhora, quando ligou de Salvador para dar um presente ao seu filho aqui no Rio,
adotou prontamente mais sete "filhos". <span><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
Meu número é 8602 7761. Fique à vontade pra me fazer
feliz sempre que quiser. </div>
<br clear="all" /><br />João Bani<br /><br /><br /><img src="https://fbcdn-profile-a.akamaihd.net/hprofile-ak-snc4/41707_100003658661224_1375127869_n.jpg" />João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-81663422829837603232012-03-08T18:05:00.000-03:002012-03-08T18:05:19.336-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5uOakcB_BVa_SzAReq-tpRF6cLeQYE3ziRVyHrZ7LOxjV7q092tNHWmwtI0grTVOaX5Usf8F56N7Mezk94i3nPIvK-HoEs8dWlSi0iur6eHGjWr-q4uLeC7aQNRJDqi10z7HP/s1600/cartazrubinho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5uOakcB_BVa_SzAReq-tpRF6cLeQYE3ziRVyHrZ7LOxjV7q092tNHWmwtI0grTVOaX5Usf8F56N7Mezk94i3nPIvK-HoEs8dWlSi0iur6eHGjWr-q4uLeC7aQNRJDqi10z7HP/s640/cartazrubinho.jpg" width="454" /></a></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-3806156750103820412011-10-23T07:47:00.000-02:002011-10-23T07:47:04.382-02:00Se liga, Salvador<h6 class="uiStreamMessage" data-ft="{"type":1}"><span style="font-size: small;"><span class="messageBody translationEligibleUserMessage" data-ft="{"type":3}">Moro no Rio desde 1995. Cheguei aqui no momento crescente ao ápice da violência urbana da capital carioca. Graças a Deus, nunca fomos alvos de abordagens violentas, agressões. Infelizmente meus filhos tiveram seus celulares roubados, por adultos desarmados, eles ainda crianças. Não foram agredidos, sempre os instrui a como agir nesses casos. Mas nada além disso, que aliás já foi bastante revoltante.<br />
Nos primeiros meses aqui no Rio, houve noites em que eu não conseguia dormir, com o som dos tiroteios entre facções do tráfico, disputando os morros da Tijuca, onde morei inicialmente. O som dos tiros era algo comum, os lugares a serem evitados eram muitos, a tensão era constante. Mas os cariocas que eu conhecia repetiam: "Isso é em todo lugar! Toda cidade é violenta!"<br />
Como músico, eu viajava pelo Brasil, até esquecia do som dos tiroteios. De volta ao Rio ,mal passava pela Linha Vermelha e tome som de tiro. Por vezes até correndo risco de ser atingido. E os cariocas: "Isso é em todo lugar! Toda cidade é violenta!"<br />
Chacinas, gente morta e torturada, bondes cruzando a cidade, arrastões, mais e mais tiroteios, mortos por bala perdida, aleijados por bala perdida, e o carioca: "Isso é em todo lugar! Toda cidade é violenta!"<br />
Um garoto é arrastado vivo se despedaçando no asfalto, por assaltantes, um helicóptero é derrubado por bandidos, um jornalista é torturado e morto e o carioca:<br />
Bem.. o carioca começou a perceber que isso não ocorria em toda cidade do Brasil, Ou começou a admitir e colocar o orgulho e o bairrismo no seu devido lugar: no lixo. Porque enquanto se achar que o problema é menor porque seria "dos outros também", ele vai crescendo no nosso quintal.<br />
Se liga, Salvador.</span></span></h6>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-77918148475773814162011-09-29T07:37:00.001-03:002011-09-29T07:51:21.246-03:00As muitas gavetas do Rock in RioTô indo hoje com Vania ao<span style="font-size: x-small;"> "<b><span style="font-size: small;">Rhythm and blues</span></b></span><b><span style="font-size: small;"> and Soul and Symphonic in Rio</span></b>". Porque de fato, Rock nessa quinta feira no palco Mundo do Rock in Rio , só com muita boa vontade na homenagem ao Renato Russo, se aturarem o Minczuk. Fui dar uma olhada no som da Kesha, que eu não conhecia, e de rocker ali só a lembrança que sua imagem me trouxe da saudosa Rê Bordosa, personagem Junkie do cartunista Angeli.<br />
<br />
Mas o assunto que ocupa as redes sociais,o tema que impulsiona o lugar comum da web é a escalação de Claudia Leitte e Ivete Sangalo no festival. Comparações que projetam hipotéticas participações de Mettallica em cima de um trio no Carnaval Baiano, ou de Iron Maiden numa micareta, e por aí vai. Aliás, comecei minha ida profissional tocando em trio elétrico (tocávamos Human Nature, tocamos até "Birdland", do Weather Report, em ritmo de galope) e acredito que os gringos adorariam tocar num trio, iam matar a pau e cair no gosto do carnavalesco baiano, sempre pronto para novas propostas sonoras,apesar do massacre midiático dos mesmos produtores e artistas de sempre. Taí: lançaram uma idéia. Não se admirem se num próximo carnaval uma banda Heavy do mais puro Rock esteja em cima de um trio, no carnaval baiano.<br />
<br />
Essas situações de confronto entre tribos musicais me lembram um show no Espírito Santo, longe dos holofotes, mas uma experiencia que vivi profissionalmente no fim dos anos 80. Escalado num festival onde as grandes atrações eram bandas como Angra e Sepultura, o artista baiano/brasiliense Renato Matos, no palco, teve que dominar uma enorme platéia de metaleiros raivosos que esperavam os irmãos Cavallera (ainda em começo de carreira, mas já um mito do povo Metal) entrar e quase silenciaram em vaias o reggae-porrada de Renato. Até ele pegar da platéia uma bengala com uma caveira de cachorro e começar a repetir um refrão, aos brados: 'UNIVERSIDADE, PEDAIS E GUITARRAS CUSTAM OS OLHOS DA CARA", sacudindo no ar aquela cara de osso de cachorro, sem olhos... Ganhou o povo...Depois, Adriano Faquini salvou de vez a pátria trazendo de volta Janis e Hendrix com sua voz rara...Melhor que jogar água mineral. <br />
<br />
Vejo essa discussão requentada sobre a alegada incoerência da participação de Claudia Leitte e Ivete Sangallo nesta edição do Rock in Rio mais uma vez, como uma vitrine de marcação de posição e de limites, da afirmação pessoal do próprio gosto, feita de forma coletiva. <br />
Aquela mijada no poste (ou no post?) que o cachorro dá: "Esse lugar é meu!" "Essa área é minha"!! "Ó meu nome aí"!!!<br />
<br />
O descabelo do jovem rockeiro vendo artistas alienígenas num festival que tem nome de rock equivale ao "humpf" bovino e desdenhoso que o dândi jazzista-purista solta quando vê num dos muitos ditos "Festivais de Jazz" que pulsam pelo mundo, artistas das várias "gavetas" que a mídia precisa criar: "Étnicos", "World Music", "MPB", "Reggae" e...Rock!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.carroeservico.com.br/Imagens/Fotos/%7Bfiuctj5pmti27gq6uup211flpay774%7D_938-001MR.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
</a></div><br />
Pra ilustrar, lembro aqui uma lista de artistas que se apresentaram em edições anteriores do Rock in Rio:<br />
<br />
Baby Consuelo e Pepeu Gomes<br />
Ney Matogrosso<br />
(tô até considerando o Tremendão Erasmo como Rock)<br />
George Benson<br />
(tô até considerando o Folk James Taylor como Rock)<br />
Al Jarreau<br />
Gilberto Gil<br />
Elba Ramalho<br />
Ivan Lins<br />
Alceu Valença<br />
Moraes Moreira<br />
Prince<br />
Jimmy Cliff<br />
New Kids On The Block<br />
George Michael<br />
Elba Ramalho<br />
Ed Motta<br />
Roupa Nova<br />
Daniela Mercury<br />
Milton Nascimento<br />
Orquestra Sinfônica Brasileira<br />
Carlinhos Brown<br />
'N Sync<br />
Britney Spears<br />
Sandy e Junior<br />
Zé Ramalho<br />
Rihanna<br />
Katy Perry<br />
Stevie Wonder<br />
Jamiroquai<br />
Isso porque fui condescendente com alguns artistas que não citei, mas que não são artistas "do Rock".<br />
Num mundo cada vez menor, fica cada vez mais difícil não bagunçar o gaveteiro. O pessoal tá muito "organizadinho", atitude nada rocker ;-) . <br />
<a href="http://www.carroeservico.com.br/Imagens/Fotos/%7Bfiuctj5pmti27gq6uup211flpay774%7D_938-001MR.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="294" src="http://www.carroeservico.com.br/Imagens/Fotos/%7Bfiuctj5pmti27gq6uup211flpay774%7D_938-001MR.jpg" width="320" /></a>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-10788984591863454232011-01-17T12:27:00.003-02:002011-01-17T14:29:05.776-02:00As Brigadas Lúdicas sobem a serra.Com Fotos de <a href="http://www.facebook.com/?ref=logo#%21/mantelli">André Mantelli</a><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYhlKZ2iJz1z1058nvtP4ZOxgetWRQFDDiAs9exH31RHO0xcndc_wXIukW4bfEJuot5s1V4ZYRfVwVQnvjXGd49N8cn_kdHIwg9lRybiQHjWVXWeq0iF3RxqFadSIog1KQeu1_/s1600/167199_1807703078284_1411144125_32086663_4853379_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYhlKZ2iJz1z1058nvtP4ZOxgetWRQFDDiAs9exH31RHO0xcndc_wXIukW4bfEJuot5s1V4ZYRfVwVQnvjXGd49N8cn_kdHIwg9lRybiQHjWVXWeq0iF3RxqFadSIog1KQeu1_/s320/167199_1807703078284_1411144125_32086663_4853379_n.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMGqgTRkM8oKH2Vlix0XOgXh2QbRtMEGY18cVeVUCf2RYWRYVbmzkwuiVa0U5rg7A3I-hAGuzlOCL1MezFy9xy7t4V5p7hPhI23im8E5PlMxOxmd_-wvkPJiQ3_UncF4CYflc5/s1600/guilherme.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div>O sol tímido despertando o domingo no Rio não disfarçava o grande céu cinzento na direção da serra. O mini-ônibus partia do Circo-Sede da <a href="http://www.crescereviver.org.br/" target="_blank">Crescer e Viver</a> com 7 artistas entre palhaços, malabaristas, um fotógrafo e um músico, com Junior Perim à frente, organizando essa brigada lúdica. Segui com um pandeiro, alguns instrumentos de efeitos, e representando nosso centenário Sindicato, observando de que maneira podemos engajar nossa participação nos próximos dias.<br />
<br />
As paisagens da janela ainda na Baixada Fluminense disputam espaço com as que imagino encontrar no nosso destino. Os relatos de parte da equipe que um dia antes já estivera por lá nos preparam mais que o noticiário da TV, que os jornais.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8fhNuGp35mygf4KR-tSSeyTBPL85Kt_m6navC347nFQa2sub_hOqoWo0Mo2Xqr_1ouwcJGU8qQecoqfug6kNkIRKmV86EFdTcipuWlToZPFwxcwPgKCde6FLK11RD3yuTNwUu/s1600/167217_1808022326265_1411144125_32087360_8174382_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8fhNuGp35mygf4KR-tSSeyTBPL85Kt_m6navC347nFQa2sub_hOqoWo0Mo2Xqr_1ouwcJGU8qQecoqfug6kNkIRKmV86EFdTcipuWlToZPFwxcwPgKCde6FLK11RD3yuTNwUu/s320/167217_1808022326265_1411144125_32087360_8174382_n.jpg" width="320" /></a>Estrada adiante, iniciamos a subida dentro daquela natureza grandiosa. Passamos pela entrada de Petrópolis, mais um pouco e chegamos a Itaipava, onde começam a aparecer os caminhões do Exército, muitos carros com doações, muitos voluntários, numa manhã de trégua na chuvas, mas em céu bastante encoberto.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
Em Itaipava somos direcionados a fazer nossa atividade num abrigo no Vale do Cuiabá, para onde partimos, obedecendo a uma contínua e necessária triagem feita pelas autoridades no caminho. O desolamento da paisagem se aprofunda, a cerca viva ao lado da estrada, que antes cercava casas, agora cerca o nada. Uma máquina de lavar pendendo de um galho de árvore da "nova" margem do rio nos dá uma idéia da tragédia.Colchões, chinelos, cadeiras, brinquedos, fogões, cadernos, espreguiçadeiras, automóveis dispostos no desordenamento imposto pela natureza implacável, que ainda assim prevalece em suavidade pela sua própria beleza. <br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK8leyJFGQ6hNOekugjupsR9YLH3YiimWtkzHc9bx8x8Jk6E6McclkgjuhTUAwA4AKVy6o5ogAJ546RP3m0Ue641mGqGGRaqSVZ2EGKsRTtwkhzqXas5KbIi6aPceRSiIaEFik/s1600/mariaeduarda.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK8leyJFGQ6hNOekugjupsR9YLH3YiimWtkzHc9bx8x8Jk6E6McclkgjuhTUAwA4AKVy6o5ogAJ546RP3m0Ue641mGqGGRaqSVZ2EGKsRTtwkhzqXas5KbIi6aPceRSiIaEFik/s320/mariaeduarda.jpg" width="320" /></a>Chegando ao local, um ginásio de um clube que se tranformou em alojamento abriga algumas famílias,com seus pertences que conseguiram recuperar e suas sentinelas vivas: seus queridos e fiéis "Hulks", "Shadows", "Rex's" e outros belos e nobres viralatas que serão suas casas onde elas estiverem. Suas casas são os corações dos seus donos. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf1QGDzPfroOUa4VqcQaKCOW3T5-LwRAcpP6sx9UfqgtWzGs1oxdb2WH3CWHOgunrjy2b8UkXkMVZD9vx1ceXPr2aznb3Z96pxgTFl6u8lMa01rZ0RfZ3PuVxXo8ENvkUjw6NO/s1600/179237_1808647821902_1411144125_32088829_8076105_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a></div><br />
Com cabelos de fogo e olhos assustados de água, o pequeno e machucado Caio nos recebe cumprimentando um a um. Do monociclo, dos malabares, bolas, da alfaya, dos pandeiros, eles vão se acercando cumplices da alegria. <br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8kajyTpfBnZqcZudCO-PdGN8LBV4Oz2vbPNCpMSxuHMzS6r8yokicaTx0eKuzbbYFWcX56tc3dOOno3D0GK4IzKFxyALmajaR3m9dWyfC02lO9tQ0OEIR4CRej4sIK5X8E2Vn/s1600/girassino.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8kajyTpfBnZqcZudCO-PdGN8LBV4Oz2vbPNCpMSxuHMzS6r8yokicaTx0eKuzbbYFWcX56tc3dOOno3D0GK4IzKFxyALmajaR3m9dWyfC02lO9tQ0OEIR4CRej4sIK5X8E2Vn/s320/girassino.jpg" width="320" /></a>Guilherme quer ser músico. E vai ser dos bons: explorando o girassino, um instrumento percussivo com 5 notas de ré a lá , já descobriu algo parecido com "Frere Jacques", que ele conhece como "a música dos dedinhos, da Eliana".<br />
Eduarda desenha casas lindas com canetinhas coloridas e me deu uma de presente. <br />
Douglas mostrava o que aprendeu a tocar no pandeiro, na Igreja. <br />
<br />
Mas num canto com a avó ao lado, com um psicólogo voluntário que atua na região, a Gabriela, irredutível chorava não querer saber mais de viver, quanto mais de palhaços, músicos, circo, pandeiro ou canção. Um choro mais de revolta que de dor. Revolta com a própria dor, com o próprio sofrimento. Para ela não tinha cabimento nenhuma alegria, até ser cortejada pelo Café Pequeno.<br />
<br />
Café Pequeno, o palhaço, faz surgir flores do chapéu, chegou com seu grande sapato, e o espetáculo começou, a trupe se desorganizou em círculo, a mulher mais alta do mundo, o monociclista, o malabarista, a palhaça amiga, o mestre de cerimônias..Hulk, Shadow e seus companheiros viralatas se transformaram em "Leões", os risos brotaram vivos em todos, e então reparei que Gabriela também gargalhava, sua beleza explodia em sorriso. <br />
Aí quem quase chorou fui eu. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf1QGDzPfroOUa4VqcQaKCOW3T5-LwRAcpP6sx9UfqgtWzGs1oxdb2WH3CWHOgunrjy2b8UkXkMVZD9vx1ceXPr2aznb3Z96pxgTFl6u8lMa01rZ0RfZ3PuVxXo8ENvkUjw6NO/s1600/179237_1808647821902_1411144125_32088829_8076105_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgf1QGDzPfroOUa4VqcQaKCOW3T5-LwRAcpP6sx9UfqgtWzGs1oxdb2WH3CWHOgunrjy2b8UkXkMVZD9vx1ceXPr2aznb3Z96pxgTFl6u8lMa01rZ0RfZ3PuVxXo8ENvkUjw6NO/s320/179237_1808647821902_1411144125_32088829_8076105_n.jpg" width="320" /></a></div><br />
As Brigadas Lúdicas do Crescer e Viver, com a participação do SindMusi, estão se organizando para novas ações ainda esta semana e nas próximas, e diferentes artistas poderão levar sua colaboração aos que precisam desse ânimo na alma, pra aguentarem a barra que estão passando.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMGqgTRkM8oKH2Vlix0XOgXh2QbRtMEGY18cVeVUCf2RYWRYVbmzkwuiVa0U5rg7A3I-hAGuzlOCL1MezFy9xy7t4V5p7hPhI23im8E5PlMxOxmd_-wvkPJiQ3_UncF4CYflc5/s1600/guilherme.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"> <img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMGqgTRkM8oKH2Vlix0XOgXh2QbRtMEGY18cVeVUCf2RYWRYVbmzkwuiVa0U5rg7A3I-hAGuzlOCL1MezFy9xy7t4V5p7hPhI23im8E5PlMxOxmd_-wvkPJiQ3_UncF4CYflc5/s400/guilherme.jpg" width="400" /></a>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-76907358927575159602010-12-02T07:59:00.000-02:002010-12-02T07:59:30.616-02:00BUNGEE JUMPING JACK FLASH<div class="gmail_quote"><div><div>Nunca fui de esportes. Era um péssimo gandula nos jogos colegiais, um verdadeiro cofre na natação, um bicho-preguiça no atletismo.O coração viajante nas reentrâncias das meninas de short, inacessíveis à minha cara de "CDF" , o "nerd" daqueles tempos, um ser estranho ao suor da juventude. <br />
O quatro-olhos.<br />
Cresci, me formei, me bem-sucedi profissionalmente numa grande empresa, casei e meu coração um pouco mais velho começou a vagar nos riscos da nostalgia, da busca do tempo perdido em mais tempo de vida com esportes, com emoções. Passei a reforçar o coração com caminhadas em altas conversas matinais.<br />
Queria mais<br />
Ousar<br />
Mas o passado ferrenho intimidava a coragem tardia<br />
<br />
Um sopro de valentia me trouxe a solução<br />
Deixei o medo esquecido, entre teias no porão<br />
Pra não deixar que a emoção na minha alma se feche<br />
Hoje mergulho em vazios<br />
BUNGEE JUMPING JACK FLASH!<br />
<br />
<div><div><img src="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash2/hs614.ash2/156628_1566250280488_1362357830_31532113_7314104_n.jpg" /></div></div></div></div></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-6967970428984374282010-11-25T09:05:00.002-02:002013-11-02T19:31:15.461-02:00Meus alunos da Vila Cruzeiro no Coração do Conflito<div class="MsoNormal">
Toda sexta feira eu pego o ônibus 622 rumo à Penha, para meu trabalho semanal no Projeto Social IBISS, no coração da Vila Cruzeiro, onde dou aulas de percussão. A Vila Cruzeiro é uma das favelas de maior situação de risco social, sede do comando da maior facção armada do tráfico na cidade. Ontem, o Brasil viu mais uma vez cenas de confronto no local, com vários mortos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um percurso de uma hora de ônibus, daqui do Grajaú até lá, que passa por cenas de transformação e degradação social. Transformação na reurbanização, nas obras do Teleférico, nos conjuntos habitacionais. Degradação nos zumbis “crackudos” que vemos vagando nos bairros do subúrbio do Rio, rota do 622 até a Penha. <br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmkPH7QnQqyZBnLVBUZii8NdqI4Mm7SXLHaxG7LfkQi6CzfHz_T9eDd-n3dKjj_ZyVCXBCof-gLAb_ee2mZuA2IWAc9nN1h_q7darzT2YBKKRGsi5djBIf-L3kK1AhFqg2lCyV/s1600/naruaibiss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjmkPH7QnQqyZBnLVBUZii8NdqI4Mm7SXLHaxG7LfkQi6CzfHz_T9eDd-n3dKjj_ZyVCXBCof-gLAb_ee2mZuA2IWAc9nN1h_q7darzT2YBKKRGsi5djBIf-L3kK1AhFqg2lCyV/s320/naruaibiss.jpg" width="320" /></a></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Descendo do ônibus, até a sede do Projeto, vou caminhando entre pastores pregando o evangelho, biroscas que vendem de tudo, funk e gospell nos autofalantes das rádios comunitárias, balcões de frutas e DVDs piratas, motos, muitas motos de diversos modelos se impondo sobre todos os passantes, borracharias, quitandas, vira-latas, uma gigantesca porca com uma cria numerosa comendo lixo abandonado a céu aberto, mães levando os filhos à escola, e muitos sentinelas armados, muito bem armados, de quem comanda o lugar. </div>
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O Projeto fica num prédio bem equipado, erguido ao lado do “Campo da Ordem e Progresso”, onde cresceu aprimorando a sua “bomba santa” o jogador Adriano. Tem salas de atividades culturais, atendimento médico, psicológico, dentista, piscina semi olímpica e quadra de esportes. </div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC3NKMMwWF1k24iRrAw2mO8kxx3kXM82GODknsBXkz1NLo-lpjVHmgCjVvDv5iJYxVNP92RoEC9WLwPiEtyK1RB7HjjoglJ-1L3yL56n_hN5tlIq0pzUluRlOlWIz9weKm0XD1/s1600/kevinibiss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC3NKMMwWF1k24iRrAw2mO8kxx3kXM82GODknsBXkz1NLo-lpjVHmgCjVvDv5iJYxVNP92RoEC9WLwPiEtyK1RB7HjjoglJ-1L3yL56n_hN5tlIq0pzUluRlOlWIz9weKm0XD1/s320/kevinibiss.jpg" width="320" /></a></div>
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O entra e sai da criançada no Ibiss, que trabalha também com outras faixas de idade, varia muito de acordo com a situação: Tempo de vento eles ficam na rua, soltando pipa. Muito calor, vão à piscina. Mas a nossa percussão das sextas feiras criou já uma turma fiel. E entre caixas, pandeiros, surdos, repiques, congas e atabaques, na convivência com essa criançada eu vi muito mais valores positivos do que qualquer coisa. Pela criatividade, pelo talento musical natural, capacidade de improviso, pela educação e comportamento moral nem sempre encontráveis em jovens e crianças de melhor berço, e por me mostrarem que crianças são crianças em qualquer lugar. Nem sempre “o meio” as modifica.</div>
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Imagino que muitos que só conhecem o que ocorre nas favelas do Rio através da mídia, devam achar que a situação seja um pacto social próprio entre traficantes e moradores, onde os primeiros são os protetores e os segundos os protegidos. Na verdade os primeiros são outros opressores e os segundos, os de sempre oprimidos. Além da opressão histórica determinada pelo descaso dos poderes públicos e da sociedade “civilizada”, quando os escravos libertos tiveram suas “novas senzalas” determinadas nos piores locais das cidades, na criação das favelas, desde que o crime “se organizou” eles convivem entre dois fogos.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9zfA2sws-wnw09ClaDfoNKqq3b1Clp9leb03uMchGFjrockNe1Hp1X3y6SeRm8aLE7GXmqtqWjrOs4pO6X9CDenJSh2gUoLFVUBBHTn96rDEdYGZs_BZv2D0QQSMZFv_SL3K/s1600/menininhaibiss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiM9zfA2sws-wnw09ClaDfoNKqq3b1Clp9leb03uMchGFjrockNe1Hp1X3y6SeRm8aLE7GXmqtqWjrOs4pO6X9CDenJSh2gUoLFVUBBHTn96rDEdYGZs_BZv2D0QQSMZFv_SL3K/s320/menininhaibiss.jpg" width="320" /></a></div>
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Meses atrás, num dia de aula, um esparso tiroteio começou a se ouvir relativamente perto, e uma menina de uns cinco anos se agarra em mim, tremendo de medo. Outra chora. Quem tá acostumado, quem se acostuma com isso?</div>
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Ontem uma jovem de 14 anos foi baleada (Por quem? Nunca se sabe) e morreu. Balas encontradas de uma sociedade perdida não têm CEP, nem telefone, nem email. Rosangela freqüentava o Projeto e não tinha nada a ver com o oficio dos bandidos nem da policia. Foi morta. Bem como outros inocentes que ficam à mercê dessa guerra. E se o asfalto se desespera entre automóveis incendiados, os moradores do morro já sofrem com isso há tempos.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicn0kP_a7m1SwWM5BgyHvAMHCcyVs0FsgEA76miIMaz3y0fOTQz2M6sSbnCGQpNY_UR3j3sM7VRXJMTz4wzcBOe7UWnx8TKCv1WYi_SFXC39efSbyH5fFAQ4dfzYbSAA_oK3lv/s1600/diadasmaesibiss.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicn0kP_a7m1SwWM5BgyHvAMHCcyVs0FsgEA76miIMaz3y0fOTQz2M6sSbnCGQpNY_UR3j3sM7VRXJMTz4wzcBOe7UWnx8TKCv1WYi_SFXC39efSbyH5fFAQ4dfzYbSAA_oK3lv/s320/diadasmaesibiss.jpg" width="320" /></a></div>
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Essa reação das facções pelas UPPs significa que as Unidades estão cumprindo sua função nas comunidades onde foram implantadas. O preço da necessária pacificação vai envolver ainda mais sangue. Que não seja sangue inocente. Peço isso por Rosangela, Breno, Kevyn, Luciano, Hugo, Alan, Luciana, Thiago, Daniel, Jorge, Mateus, Felipe, Mayara, Dentinho e tantos outros que tem sido pequenos mestres de vida para mim.</div>
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<a href="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc4/hs203.snc4/38513_1426450065570_1362357830_31244894_1123135_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"></a></div>
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João Bani – Rio, 25 de novembro de 2010</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRRKnYkM24b27m4ATJLAZ66cCtJpE6hYBVAF_AyqAsMUWndIXJUZPM1_IPsQfi_pk9qpeKVDKrOwNFTVyhlGbtGJYu1CRJA8nllzinUP3djAjMklUCdBK50ByAL2ezu1bfXtW/s1600/joaobaniealunos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDRRKnYkM24b27m4ATJLAZ66cCtJpE6hYBVAF_AyqAsMUWndIXJUZPM1_IPsQfi_pk9qpeKVDKrOwNFTVyhlGbtGJYu1CRJA8nllzinUP3djAjMklUCdBK50ByAL2ezu1bfXtW/s320/joaobaniealunos.jpg" width="320" /></a></div>
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João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-50359906934238432952010-11-03T01:55:00.000-02:002010-11-03T01:55:19.741-02:00Joao Bani - Algumas variações em Djembe com vassourinha<object style="background-image: url("http://i3.ytimg.com/vi/zTr5p8nuLws/hqdefault.jpg");" height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/zTr5p8nuLws?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/zTr5p8nuLws?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-67266808390315874572010-11-03T00:36:00.002-02:002010-11-03T00:36:32.327-02:00Bahia X CoritibaVi que o Bahia teve foi muita sorte de não perder o jogo. <br />
O resultado, pelas circunstancias foi positivo pra gente.<br />
O fato de Jael perder o penalti foi "justiça divina". Não foi penalti. Outra jogada reclamada pelo Coritiba, igualmente não foi. Por outro lado, a jogada que o cara do Coritiba meteu a mão na bola foi penalti. Um juiz de um Estado que não figura nem na série A nem na B, apitando jogo de dois campeões brasileiros dá nisso.<br />
Esse time do Bahia parece, como visitante, jogar contra os adversários da mesma forma como Coritiba jogou contra nós: Articulado, armando as jogadas. Será que a massa os intimida? A responsabilidade?<br />
Jael, definitivamente precisa cair na real , pois está muito inconstante como jogador. Acho que tá rolando, não diria uma máscara, mas um deslumbramento num cara de 20 e poucos anos, que nunca havia experimentado antes a situação de quase idolo diante de uma torcida dessa magnitude.<br />
Parabéns à nossa torcida que, para os que falam em "qualidade", essa coisa quase imensurável numa torcida de futebol, demonstrou uma real qualidade, uma qualidade HUMANA: solidariedade pelo jogador adversário, que, fraturado, saiu de campo aplaudido e apupado pela torcida tricolor. <br />
Torcida que foi até magnânima com o Bahia que, bem abaixo do futebol que poderia apresentar, e diante de um adversário mais competente, saiu aplaudido, mesmo tendo feito um gol e entregue o jogo em tempo tão curto, e logo ao final.<br />
Finalizando , o seguinte: Camisa comemorativa muito bem vinda em homenagem à galegada baiana, mas é bom usar quando há algo para comemorar em campo também. Ainda não subimos, e tampouco somos campeões.<br />
Vamos subir primeiro, pra homenagear ou celebrar alguma coisa.<br />
As cores do esquadrão fizeram falta hoje. Ali tem mistica, tem o nosso Estado estampado nas nossas cores e no nosso nome. Esporte Clube[b][blue] Estado da[/blue][red] BAHIA.[/red][/b]<br />
Nossas glórias se refletem nessas cores.João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-26384542384051308312010-10-29T20:22:00.000-02:002010-10-29T20:22:49.024-02:00Vida de Músico<object style="background-image: url("http://i4.ytimg.com/vi/cQhugNpRiGA/hqdefault.jpg");" height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/cQhugNpRiGA?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/cQhugNpRiGA?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-41111268860822312492010-10-18T21:05:00.000-02:002010-10-18T21:05:48.001-02:00Torcida do Bahia ora o Pai Nosso ao final de cada trinfo.mp4Porque essa torcida é tão especial e querida<object style="background-image: url("http://i4.ytimg.com/vi/OOjyUPIKAgk/hqdefault.jpg");" height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/OOjyUPIKAgk?fs=1&hl=pt_BR"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/OOjyUPIKAgk?fs=1&hl=pt_BR" allowscriptaccess="never" allowfullscreen="true" wmode="transparent" type="application/x-shockwave-flash" height="344" width="425"></embed></object>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-84205640819846773702010-09-18T18:15:00.002-03:002010-09-18T18:18:49.920-03:00Márcio Araujo: Um legado de Telê Santana<div class="MsoNormal">Vendo o futebol corajoso que o Bahia assumiu, eu que não via isso há muito tempo nos quase quarenta anos que acompanho o tricolor-que virou um arremedo de si mesmo a partir de 2003-fui pesquisar mais sobre nosso técnico, esse pacato e humilde senhor que chegou sob pesada desconfiança de uma torcida que não o conhecia, sendo alvo de manifestações de desaprovação, mas sem nunca perder a serenidade.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Milton Neves, twitteiro compulsivo, já se manifestara sobre Marcio no site de relacionamento como "Um dos maiores caráteres do futebol". Até aí tudo bem, mas apreensivos, nós torcedores estávamos à espera de um técnico que, ainda que marrento e políticamente incorreto que fosse, não importando o caráter, conseguisse dar um estilo de jogo ao Bahia coerente com suas tradições, o que Renato, voltando a ser Gaucho no seu Grêmio, não havia conseguido. Teria tentado?</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Pesquisando no Google sobre Márcio, esse técnico de currículo e marketing tão discreto como sua própria personalidade, descubro: </div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><i>Márcio Longo de Araújo (São José do Rio Pardo, 7 de maio de 1960) é um treinador de futebol brasileiro. Atualmente, comanda o Bahia.</i></div><div class="MsoNormal"><i>Carreira: Sua primeira atuação foi na Sociedade Esportiva Palmeiras em 1997. O início de seu trabalho teve a orientação de <b>Telê Santana</b>. Contudo, por motivos de saúde, Telê ausentou-se do Palmeiras e Márcio conduziu os trabalhos até o fim do Campeonato Paulista do mesmo ano."</i></div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Tá explicado.</div><div class="MsoNormal">Márcio potencializa o futebol, como o seu orientador fazia. Quem via o futebol das equipes treinadas por Telê contemplava a coragem na ponta da chuteira, o pragmatismo sem invenções, mas com muita sabedoria. Uma leitura aguda de cada jogo, uma habilidade em modificar as situações que dava a cada jogador a plena confiança na sua capacidade de reverter resultados adversos, o que o Bahia vem conseguindo. </div><div class="MsoNormal">Obrigado, Márcio, por estar vivenciando finalmente seu legado do querido Mestre Telê Santana, no Bahia. Você vai ser muito feliz nesse clube e nós felizes com seu trabalho.</div><div class="MsoNormal">Tenho certeza.</div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-83052099926623977042010-04-21T07:18:00.000-03:002010-04-21T07:18:05.885-03:00Ama de Música (Brasília)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAsUWWc4IhkPr-GX-3TX7VlvpY4JBH1yEhCQ4cQdZqS8UAaBFUJBF5-QLhK_4M8KliVZfoWTqyCNThHaXFvZaXvPNHlKQm6QAon68WhMnDrouixtsXcGxgJLtubtscxUUvSwjm/s1600/632617028_2f6ccf216e.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAsUWWc4IhkPr-GX-3TX7VlvpY4JBH1yEhCQ4cQdZqS8UAaBFUJBF5-QLhK_4M8KliVZfoWTqyCNThHaXFvZaXvPNHlKQm6QAon68WhMnDrouixtsXcGxgJLtubtscxUUvSwjm/s320/632617028_2f6ccf216e.jpg" /></a></div><br />
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: arial black,sans-serif;"></span></span><br />
<br />
<span style="font-size: xx-small;"> <wbr></wbr> João Bani</span><br />
<br />
Eu tinha nove anos<br />
E você já feito onze<br />
Da Bahia me levaram numa máquina do tempo<br />
<br />
Para seios onde em traços de poetarquitetura<br />
deitavam o sonho de Nonô e o chumbo da ditadura<br />
<br />
Para seixos dos riachos recortando teu cerrado<br />
Teu recato transbordado <br />
teu mistério desvendido<br />
<br />
Tua poesia me chama quando chego em você<br />
nada muito a dizer, minha amante consentida<br />
De ti nasceram meus filhos com a Guanabara<br />
Mais brasileiros, como poderemos ser?<br />
<br />
Parabéns, querida ama de música<br />
que me mostrou o céu de frente, o voar no chão<br />
o bater meu tambor no teu Brasil coraçãoJoão Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-66860352108917202402010-02-14T08:32:00.004-02:002010-02-14T10:11:47.168-02:00Carne de Sol, Carne do Sol.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://www.viagemesabor.com.br/userfiles/image/caico_carne_de%20sol-1_web.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.viagemesabor.com.br/userfiles/image/caico_carne_de%20sol-1_web.jpg" width="251" /></a></div>Que me desculpem os vegetarianos, pródigos por uma dieta piedosa com os animais e prudentes com seus sistemas digestivos, mas a carne faz parte da dieta humana sob diversas formas, e muita gente, me incluo, gosta de saborear um bom bife. De tempos para cá, praticamente reduzi à metade o consumo de carne bovina, mas há meios especiais de saboreio dos quais não abro mão. Dividindo espaço com um eventual churrasco, uma carne assada de pá ou peito, ou uma paleta de carneiro dormida em cominho e hortelã, a carne de sol, (ou "do" sol), pontifica entre as especialidades da casa.<br />
<br />
A carne de sol tem origens diversas, histórias contadas de todo canto, mas a verdade é que em comum todas as versões se encontram no fato de que alguem precisou um dia salgar a carne para conservá-la em tempos sem geladeira. Quanto mais sal, mais tempo de conserva.Na época do Descobrimento, as carnes, além do sal, eram protegidas de fungos, moscas e suas larvas com sal e muito tempero, as chamadas especiarias, que eram base das transações econômicas da época e citadas pelos historiadores como motivadoras das rotas marítmas que deram outra cara ao mundo.<br />
<br />
A carne de sol tem versões diversas de acordo com a região: umas se curtem mesmo ao sol, outras depois de salgadas deitam seu soro sob o sereno. Os cortes variam com as preferências, como mudam os nomes das partes do boi Brasil afora.<br />
<br />
As minhas versões preferidas são as da cidade de Rui Barbosa e da Chapada, na Bahia, as servidas em Natal RN, Pernambuco, Paraíba e as espetaculares carnes de sol de carneiro e bode de Teresina. <br />
<br />
Mas lembro das viagens com meus pais a Feira de Santana, na Bahia ainda garoto. A feira "de Feira", gigantesca, com gente vinda de todo lugar para vender e comprar, exibia nas suas barracas aquelas mantas enormes de carne do sol, que minha mãe cuidadosamente ia escolhendo, enquanto eu salivava antecipando a hora do almoço que viria sob a regência daquelas mãos mágicas a preparar um bom pedaço para ser comido com pirão de leite, um feijaozinho, um suco de mangaba... <br />
Patinho, coxão-mole...Mais magra a primeira, mais adiposa a segunda, eram as preferidas de Dona Ruth.<br />
<br />
E a cada nascer do sol, essa iguaria volta e meia aparecia na mesa lá de casa. Depois, morando em Brasilia, aproveitamos a boa presença nordestina no lugar para continuar no hábito. Mas sempre, comprando pronta em açougues onde um bom nordestino conservava carne e cultura. E assim aderiram também ao gosto a minha companheira e os nossos filhos.<br />
<br />
Aqui no Rio, ao chegar, percebi que carne do sol não se encontra em todo lugar, perto de casa. É preciso que se procure restaurantes especializados, ou então indo direto à Feira de São Cristóvão, onde o que não falta é opção para se comprar, seja nos restaurantes ou nos açougues.<br />
Vindo com a força do hábito, era pouco para mim. Não ter carne do sol no açougue da esquina era o fim. Resolvi fazer a minha própria. O sertão bravio clamava no meu estômago. As caravanas vencendo a caatinga do interior baiano rugiam no DNA. Brumado, Boninal, Seabra, Lençois...A rude carne do sol que se apaziguava as faces ensolaradas e curtidas do sertão baiano chamava o frugal bife com fritas e feijãozinho preto carioca de "fulêro".<br />
<br />
Parti para um açougue, comprei um bom pedaço bem gordo de chã (como chamam aqui o coxão-mole), e o coloquei na tábua. Abri lateralmente, no sentido da gordura para baixo, um bifão de uns 3,5 cm de altura até pouco antes de transpassar. Em forma sanfonada (tudo a ver!), no corte, voltando no sentido contrário, fui dando forma àquela peça que seria a primeira de muitas.Salguei, com sal fino (é melhor para controlar a quantidade. O sal grosso passa do ponto muitas vezes), deixando a mesma com uma crosta esbranquiçada de sal e a deitei numa vasilha grande. Seis horas marinando, escorri o soro, salguei de novo. Quatro horas marinando, escorri mais soro e acrescentei um copo de leite integral, onde ficou por mais 4 horas. (O leite redistribui e equilibra o sal, retirando o excesso sem tirar o sabor da carne, como a água faria. A carne de sol desse preparo não precisa escaldar nem por de molho.) Continuando, já de noite, pendurei a danadinha protegida por um filó e a deixei serenar, a retirando no final do dia seguinte...Estava pronta a minha vingança cultural, satisfeito meu paladar e fica como receita para quem ler.<br />
<br />
Só lembrando: Carne de sol e carne-seca ou charque, são coisas diferentes. Cuidado com a pressão alta!<br />
<br />
abraços<br />
<br />
João BaniJoão Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-7304741957032037862009-12-07T14:13:00.002-02:002009-12-07T14:14:08.689-02:00A riqueza e a "Civilidade"<h3 class="smller"><br /></h3> <div class="para"> Hoje as tvs exibem, além da festa do clube campeão e dos que se salvaram, imagens de violência descontrolada que mostram que educação e civilidade nada tem a ver com classe social ou indices de qualidade de vida.<br /><br />Em Curitiba, uma das cidades de IDH (Indice de desenvolvimento humano) mais elevados do País, o vandalismo e a barbárie tomaram conta do Couto Pereira, na insatisfação de torcedores paranaenses pela queda do "Coxa".<br /><br />No Rio, enquanto bairros humildes da zona norte e do subúrbio comemoraram o título do Flamengo na paz, um dos bairros de IDH e renda per capita mais altos do Rio e do Brasil, o Leblon, virou praça de guerra de filhinhos de papai marombados e praticantes de artes marciais, torcedores do mesmo clube, que venceu o brasileiro. Imagine se tivesse perdido.<br /><br />Quando a gente vê uma menina como a Cristal tocando piano absurdamente bem surgir de uma favela do Recife. Ou vê um Presidente da República oriundo do Sertão e do operariado ,preconceituosamente chamado de "analfabeto" ou "ignorante" por alguns se tornar líder internacional respeitado e ouvido, com um governo de indices de aprovação elevadíssimos e resultados sociais nunca obtidos antes..Quando eu vejo uma menina como a Mayra, 17 anos e líder na Favela da Vila Cruzeiro na luta contra as desigualdades, a quem muito orgulhosamente dou simples aulas de percussão, ser eleita Nobel da Paz Mirim e receber reverencias do Bispo Tutu, além ser considerada uma das 100 personalidade do ano pela revista Época...Quando vejo o Adriano, também da Vila Cruzeiro, desafiar os "cretinos fundamentais" e os "óbvios ululantes" (obrigado, Nelson Rodrigues) do pensamento raso monetário de que foi louco por trocar a infelicidade ultra remunerada na Europa pela felicidade de estar perto de casa e das coisas simples da vida...<br /><br />A gente percebe que o querer é maior que o "Poder". Porque o querer que luta tudo pode, e com o sacrifício faz muito melhor. </div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-80809250361981147622009-08-31T15:30:00.006-03:002010-02-11T07:48:50.735-02:00KINDALA<a href="http://img1.orkut.com/images/milieu/1249829959/1249855818070/461641065/ln/Z1bgt4q3.jpg?sig=z3t9on" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" src="http://img1.orkut.com/images/milieu/1249829959/1249855818070/461641065/ln/Z1bgt4q3.jpg?sig=z3t9on" style="cursor: pointer; display: block; height: 213px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 160px;" /></a><br />
Formado pelas irmãs Daniele, Gabriele e Liliane Correa, o Kindala traz a sonoridade herdada dos antepassados africanos em músicas de louvor a Deus e à cultura quilombola.<br />
<br />
Originalmente denominadas "Trio Remanescente de Cantoras Quilombolas da Praia Rasa", o grupo adotou, por sugestão do produtor e músico João Bani, o nome de "Kindala", que quer dizer "Agora" na língua Kikongo-Kimbundo, de Angola, nação berço dos escravos que foram desembarcados na Praia Rasa, em Búzios, no Século IXX.<br />
<br />
Cantando juntas desde a infância, nas Igrejas Evangélicas da Região de Búzios, desenvolveram uma interação vocal surpreendente, estimulada em muito pelo pai, músico evangélico que sempre pregou a valorização da sonoridade africana.<br />
<br />
Atualmente estão em fase de Pré-produção do seu primeiro CD, com produção do Músico João Bani (www.myspace.com/joobanipercussioncomposer) e arranjos de João Bani e Humberto Mirabelli.João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-36582027311500078752008-10-15T06:35:00.002-03:002008-10-15T06:38:51.434-03:00Leny Bello<meta equiv="Content-Type" content="text/html; charset=utf-8"><meta name="ProgId" content="Word.Document"><meta name="Generator" content="Microsoft Word 12"><meta name="Originator" content="Microsoft Word 12"><link rel="File-List" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBani%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_filelist.xml"><link rel="themeData" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBani%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_themedata.thmx"><link rel="colorSchemeMapping" href="file:///C:%5CDOCUME%7E1%5CBani%5CCONFIG%7E1%5CTemp%5Cmsohtmlclip1%5C01%5Cclip_colorschememapping.xml"><!--[if gte mso 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style="font-size:130%;">Ela é agitada, ansiosa, irrequieta e sincera. Ela rebate na lata, ela não te falta, ela está sempre pronta. Esse coração aberto de passo marcado, de compasso dividido por quantos for necessário. Essa mulher forte, amiga, leal, que nos apresenta os maiores valores que podemos esperar de uma amizade, carinho e verdade, chama-se <span style=""> </span>Leny Bello. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;">Já se vão três anos do final de 2005, quando você se mostrou para mim uma grande amiga num momento de perda, com suas sinceras orações pela minha mãe.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;">Leny, minha querida. Dona Ruth recebeu suas orações, eu tenho certeza disso. Não sei se corações corajosos e<span style=""> </span>generosos como os de vocês duas tem alguma espécie de “clube”, ou sociedade entre os diversos planos espirituais, mas ver nossa amizade, tudo o que você me ofereceu, o exemplo de vida, o entusiasmo, a energia, tudo<span style=""> </span>me vem como uma encomenda de Dona Ruth.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;">Leny, <span style=""> </span>a cada quarta feira que você ajudava<span style=""> </span>uma entidade assistencial, você me ajudava também. Cada quarta era a “feira” de quinta e com ela eu pude contar durante todos esses meses. Nosso ciclo de Canto e Cantoria este ano inicia agora sua pausa exatamente quando novas oportunidades profissionais surgem para mim. E me dão a certeza de que mais valeu estar ao seu lado, da sua positividade, da sua garra e sinceridade, do que ter dado atenção a tristes vaticínios que tentaram impingir a meu futuro profissional. <span style=""> </span><b style="">Meu tambor bate forte e para o bem!</b> Meus “sérios problemas” agora são outros, como por exemplo, tentar conciliar uma agenda. E o de passar as quartas feiras sem sair daqui do Grajau de tardinha, pegando o rumo do Canto e Cantoria, para cortejar sua belíssima obra, minha querida. O ciclo da vida segue, novos ganhos e perdas virão, novas safras e entressafras, <span style=""> </span>mas o que se consolida no coração não se esquece.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;">Muito obrigado, que Deus abençoe nossa amizade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:130%;">João Bani, 15 de outubro de 2008<o:p></o:p></span></p> João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-63079477022893599102008-05-21T14:48:00.007-03:002010-02-14T09:31:42.579-02:00Os Grandes Clubes não morrem<span style="font-size: 130%; font-weight: bold;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCsZbBIs9A7tRV1_-nVJI_UIuiH7sr8-EHXd3DCbA4qCVkBlKF_k9UhphYuwgBRzAAqN7cBkNjNy5l_f6VP4BSjkab-OooPuUptAn6sLGSqR2LeCkpnAmjTYkvHWXyLaZeL48n/s1600-h/escudo+bahia.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5202890207677513730" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCsZbBIs9A7tRV1_-nVJI_UIuiH7sr8-EHXd3DCbA4qCVkBlKF_k9UhphYuwgBRzAAqN7cBkNjNy5l_f6VP4BSjkab-OooPuUptAn6sLGSqR2LeCkpnAmjTYkvHWXyLaZeL48n/s400/escudo+bahia.jpg" style="cursor: pointer; display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center;" /></a><br />
</span> <br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">Dia de clássico interestadual decisivo no Rio. No Engenhão, Botafogo e Coríntians fazem o primeiro dos dois jogos entre os times, na semifinal da Copa do Brasil<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">Voltando de um ensaio, chegando com o carro cheio de instrumentos, vejo aquele bar onde há todo tipo de cerveja, todas geladas, ainda aberto. Para melhorar, o gerente ainda é conterrâneo , baiano de Valença, meu amigo Heron. O Rio de Janeiro tem uma identidade com a Bahia que diminui o eterno banzo de todo baiano longe de casa. E a descontração, a conversa de bar, tudo isso nos deixa mais à vontade. Heron é Vitória, e, como tal, aproveitando o bom tempo em que não nos víamos, alfineta com aquela gozação que estava guardada especialmente para mim, depois da conquista do bi-campeonato baiano pelo seu clube:<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">- Marrapaaazz... Eu nem comemoro tanto o bi campeonato...Bom mesmo é ver o Bahia 7 anos sem ganhar nada...” E cai na gargalhada... <o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">Rio com ele, contrariado, mas rio com o Rio baiano que se mostra ali. Peço uma cerveja gelada, e aproveito para contra-atacar.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">-Mas quero uma Original. Nada de genéricos...hehe<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%; line-height: 115%;">E o Rio vai desaguando então ,no bar, com dezenas de torcedores do Botafogo que chegam do estádio Engenhão, templo arrendado pelo clube para mandar seus jogos. Um estádio moderno, que foi construído em função do Pan-Americano do Rio. Os botafoguenses comemoram a vitória de 2 a 1 sobre o Coríntians, nas semifinais da Copa do Brasil.<o:p></o:p></span></div><div style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;">Vejo a torcida do Botafogo e relembro um dos muitos bons momentos que passei e tenho passado ao lado da minha Vania, botafoguense, ovelha alvi-negra numa família onde seus pais e irmãos são flamenguistas. Era junho de 1989 , ainda vivíamos em Brasília, já havíamos juntado nossos sonhos e esperávamos nosso João Pedro ,que nasceria, como nasceu, no mês seguinte. Pois bem, naquela noite de 21 de junho de 89, um gol de Maurício acabava com o jejum de 21 anos sem títulos do clube da estrela solitária, em decisão contra o Flamengo. 21 anos. Poderiamos até dividir este número por cada um dos seus grandes rivais: Flamengo , Vasco e Fluminense...7 anos sem ganhar, a cada grande adversário.<o:p></o:p></span></div><div style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;">Minha companheira era uma alegria só, e exigia minha participação na comemoração. Quase relutei a principio, pois, tricolor baiano desde o berço, apaixonado pelo meu Bahia, tenho no Flamengo o time de simpatia no Rio. Afinal se equivalem em seus estados como times de maior apelo popular, e como os maiores vencedores, de conquistas na base da raça, da mística. Mas minha simpatia pelo urubu carioca não era o suficiente para me impedir de comemorar junto com ela , solidário, o fim do jejum alvinegro. Afinal, alguns meses antes ela vibrara comigo acompanhando a grande conquista do meu Bahia no Campeonato Brasileiro. O amor é capaz de coisas assim pelo futebol, ou o futebol é capaz de coisas assim pelo amor?<o:p></o:p></span></div><div style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;"> O Botafogo de 21 anos de seca era alvo de chacotas de todos os torcedores adversários, inclusive minhas. O Valdir Espinosa se revelava ali um técnico habilidoso com o desacreditado material humano com o qual contava, e motivou seus jogadores de uma forma que eles conseguiram se superar. A superação é um bem de quem é grande , de quem nunca perde a majestade. De quem <i>É,</i> não de quem simplesmente <i>está</i>. Desde então, o Botafogo venceu mais 3 cariocas e o seu primeiro Campeonato Brasileiro, se igualando ao Bahia em conquistas nacionais, já que fora campeão da Taça Brasil de 1968.<o:p></o:p></span></div><div style="font-family: lucida grande; font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;">O Bahia é e será um grande clube. Vai superar suas dificuldades. Me lembrei do exemplo do Botafogo para mostrar que os grandes clubes, grandes mesmo, nunca morrem, pois estão vivos, ainda que por 21 anos ou mais, nos corações de seus torcedores.<o:p></o:p></span></div><div style="font-weight: bold;"><span style="font-size: 130%;"><span style="font-family: lucida grande;">BoraBaheeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa</span><o:p></o:p></span></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-44528973617206050572008-04-11T10:09:00.006-03:002008-12-12T05:49:14.606-02:00Rádio-Cabeça<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirwyFG8bcUZhPOsPWSlp9rvij3RxbjDpbgi_igBdX90ZC0vdbPVD6zSLYwwul3nWFvuNEyDJuVsw2hzJVZvsgDCx6lWPugrx-CSyjL3UH08sZfWG3Ph5NypDU_D4ETXzYV_Dhq/s1600-h/geraes.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirwyFG8bcUZhPOsPWSlp9rvij3RxbjDpbgi_igBdX90ZC0vdbPVD6zSLYwwul3nWFvuNEyDJuVsw2hzJVZvsgDCx6lWPugrx-CSyjL3UH08sZfWG3Ph5NypDU_D4ETXzYV_Dhq/s320/geraes.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5187974747681709138" border="0" /></a><span style="font-size:130%;"><br /><img src="file:///C:/DOCUME%7E1/Bani/CONFIG%7E1/Temp/moz-screenshot.jpg" alt="" /></span><div> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" ><br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >O ônibus era puro barro, numa Brasília das primeiras chuvas, avenidas monótonas, paisagens que só o tempo deixava desiguais. Era preciso passar muitas vezes por elas para aprender a<span style=""> </span>diferenciar cada quadra da outra, cada parada da próxima ou passada... A música na minha cabeça rolava entre Deep Purple e Noel Rosa. Os primeiros me haviam chegado muito tempo antes, pelos discos do meu irmão. O Poeta da Vila, por uma coleção mensal sobre MPB que tínhamos em casa. </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Smoking “under” the water, quase como Jon Lord, Blackmore e tribo, <span style=""> </span>com um cigarro aceso e quase molhando, mas sem mosquito para espantar quase como Noel, <span style=""> </span>eu sem saber vivia o porque da música ser um traço definitivo na vida de certas pessoas. Diante do silêncio da capital nos anos 70, só Música para me fazer companhia nos percursos daqueles ônibus mudos e imundos. Eu desenvolvera em minha mente uma discoteca. Ainda não havia chegado o walkman, hoje eletrônico dinossauro. Rádio com “egoísta” poderia ser uma solução. Mas em stereo, com repertório próprio e com o arranjo destacando o que se queria, somente a Rádio Cabeça.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Morava na Vila Planalto, uma comunidade remanescente dos pioneiros da construção da Brasília, numa bela casa de madeira, com um grande quintal, numa família onde <span style=""> </span>os discos juntavam o sertão de Luis Gonzaga dos meus pais, reminiscências da Jovem Guarda, Chico Buarque, Caymmi, Gal, Gil, Elis, Caetano,<span style=""> </span><span style=""> </span>Stones, os já citados Purple e Noel, <span style=""> </span>coisas da Motown...Era um ecletismo bastante saudável. Gosto muito do que ouvi. Hoje, sem sugerir uma palavra que os direcione, vejo meus filhos gostarem também de muitas dessas coisas. Descobriram na internet.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >A mudança para Brasília, que ocorrera anos antes, fora um dado importante nessa musicalização. As interações culturais da cidade , com gente chegando de todo o país e muitos estrangeiros residentes,<span style=""> </span>destacavam personagens da nova cena musical naqueles tempos ainda de regime militar, quando aconteciam pequenos filhotes de Woodstock nos Concertos ao Ar Livre que os chamados “agitadores culturais” promoviam nas entrequadras.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Mas na minha Rádio cabeça, no Norte daquela bússola onde imerso eu seguia olhando o céu de frente na Capital, naquela metade dos anos 70, um repertório novo surgia . <span style=""> </span>Rose, uma das minhas irmãs, verdadeira Rosa dos Ventos Musicais, chegara em casa com um LP, Minas, de um cantor e compositor que então já era consagrado, mas que passara ao largo da minha Rádio cabeça durante algum tempo. <span style=""> </span>Ouvi, e ouvia o Gran Circo de introdução <span style=""> </span>triunfante, com harpas , com vocalizes do Pará em Fafá, as percussões ricas, o Trastevere me apresentando free jazz com vocais de catedrais. Os compassos compostos soando <span style=""> </span>naturais, as Asas da Panair, o beijo Partido unindo Paula a Bebeto. </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Minas , o disco,<span style=""> </span>e Minas , a terra, me mostravam caminhos para tanto lugar... Com divisa relativamente perto do Distrito Federal, pelas bandas da obra de Guimarães Rosa, <span style=""> </span>bem ali estava a Minas do peixe vivo, do Juscelino que gerara aquela Brasília onde embalava os percursos da minha Rádio imaginária agora ao som de um filho seu e sua turma.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Minas, o disco, me levou a Geraes, me resgatou o Clube da Esquina anterior que eu não conhecera, me impressionou com Raça. <span style=""> </span><span style=""> </span>Me mostrou <span style=""> </span>Journey to Down , viagem melhor que as bad trips de tantos heróis da época. Naqueles ônibus, eu pagava a passagem com<span style=""> </span>um Tostão, <span style=""> </span><span style=""> </span>One Coin, mais valioso que um milhão. <span style=""> </span>Lília era trilha sonora da L-2, superquadras passando... Com Fé cega e Faca amolada eu enfrentava o vazio do Eixo Monumental. “Menino” <span style=""> </span>me mostrava em barro as crianças largadas na Rodoviária, <span style=""> </span>“Fazenda” era orvalho no seco Cerrado...E eu com o silêncio do ônibus, com gente tão calada nos bancos, tempos de regime militar...Que rádio estariam ouvindo, que programação teriam para animar o silêncio daqueles medos?</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >Pensei em escrever sobre isso para celebrar uma alegria espiritual e profissional que me tem sido ofertada há alguns anos. A de <span style=""> </span>poder, <span style=""> </span>eventualmente, <span style=""> </span>colocar a serviço do maior hitmaker da minha “Rádio Cabeça” os meus tambores, minha música, o que não deixa de ser uma retribuição. Ele me deu a música, que a tome de volta. Há alguns anos, pela generosidade da confiança do amigo e mestre de percussão Marco Lobo, titular absoluto do time do Bituca, <span style=""> </span>tenho tido oportunidade de participar de shows do Milton, como substituto. Na última delas, em Belo Horizonte, diante de uma multidão na Praça da Estação, tive a boa e velha Rádio Cabeça a me auxiliar , na lembrança daquela trilha sonora que me conduzira pelas ruas de Brasília e que afinal me levara até ali, àquele palco. Fosse futebol o ofício da minha alma e seria como estar em Santos jogando bola com Pelé.</span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >A diferença é que nos jogos do time do Bituca, ninguém perde. </span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;"><span style=";font-family:Calibri;font-size:130%;" >A Rádio Cabeça agradece.</span></p></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-62015886319157076772008-01-08T08:09:00.000-02:002008-12-12T05:49:14.879-02:00Admiral Eruditino<span style="font-size:130%;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimPO7ecE1RO6BHOAk5DvQIKDmX1ECpTLzWkFOhTrC7UoKHW6iHhSv-y1o1kL3gVZcmQ2rFAU_pYV-rDxQiwioxYSX4Mn2lrCtNqtZnuuXW1KHAFMQwQrwHdBtNSt_gj9X0t3PD/s1600-h/radio.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimPO7ecE1RO6BHOAk5DvQIKDmX1ECpTLzWkFOhTrC7UoKHW6iHhSv-y1o1kL3gVZcmQ2rFAU_pYV-rDxQiwioxYSX4Mn2lrCtNqtZnuuXW1KHAFMQwQrwHdBtNSt_gj9X0t3PD/s320/radio.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5153047714003370962" border="0" /></a></span><span style="font-size:130%;"> </span><div style="font-family:verdana;"><span style="font-size:130%;"> <div id="header"> <div id="headerin"> <div class="mainsearch"> <script language="javascript"><!-- var URL = new Object(); _GTalk._promoUrl = '/Status.aspx?msg=3&ret=%2FCommMsgs.aspx%3Fcmm%3D36867%26tid%3D2440688137451910383%26kw%3Dadmiral%2Beruditino'; _GTalk._sessionUserGtalkIntegrated = 1; //--></script> </div></div></div> <div id="container"> <div id="statusMsg" style="display: none;"> <table class="module" style="width: 100%;" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"> <tbody> <tr> <td class="topl"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td> <td class="topr"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td></tr> <tr> <td class="boxmid"> <div class="parabtns"> </div><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td> <td class="boxmidr"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td></tr> <tr> <td class="botl"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td> <td class="botr"><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></td></tr></tbody></table></div> <div id="lbox"> <table class="module" style="width: 675px; height: 54px;" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"> <tbody> <tr> <td class="topl"><br /></td> <td class="topr"><br /></td></tr> <tr> <td class="boxmid"> <div class="userinfo"> </div><br /></td> <td class="boxmidr"><br /></td></tr> <tr> <td class="botl"><br /></td> <td class="botr"><br /></td></tr></tbody></table></div> <div id="mboxfull"> <table class="module" border="0" cellpadding="0" cellspacing="0"> <tbody> <tr> <td class="topl_g"> <h1>Admiral Eruditino</h1> <p class="breadcrumb"> </p></td> <td class="topr_g"><br /></td></tr> <tr> <td class="boxmidlrg"> <div class="listitem"> <h3 class="smller" style="font-weight: normal;"> </h3> <div class="para"><b style="background-color: rgb(255, 255, 102);"></b><span style="font-weight: bold;">Admiral Eruditino </span>nasceu no bairro do Santo Crítico , Rio de Janeiro. </div> <div class="para"><br />Desde cedo, Admiral vivia um drama existencial, diante da sua sensibilidade que ,pelas circunstâncias da vida, tinha de enfrentar a obrigatória audição dos clássicos populares, verdadeiramente populares, que saindo dos alto falantes de rádios AM, enchiam o ambiente dos seu bairro de "música de baixa qualidade" para os conceitos de Admiral : Odair José, Nadinho da Ilha, João da Praia, The Fevers, Zé Rico e Milionário....<br /><br />Com seu coração revolucionário compreendia a adoração daquela gente sem dente que o avizinhava por aquele tipo de submúsica: Nem todos tiveram acesso à sua leitura. Nem todos o deixaram jogar bola, mas os livros ficaram com ele. O jovem fã dos ícones da música engajada da sua época, aliás, logo percebeu que bom mesmo era ser ruim de bola: quanto mais caracterizado fosse o seu desprezo pelo esporte alienante, melhor.<br /><br /></div></div><div class="listitem"><div class="para">Admiral , se não tinha gosto pelo esporte, tecia letras de Música Popular Brasileira, aquela que ele <em>queria</em> popular. Aprendeu um pouco de violão, mas o suficiente para que não fosse considerado um violonista: Ele era compositor. Ele era um revolucionário, tinha que tirar a beleza de poucos recursos, inclusive musicais. </div> <div class="para"><br />Nisso, colecionava adjetivos irônicos para aquela música que ele desprezava, principalmente para os "culpados" por ela, no seu pretensioso entender.</div> <div class="para"><br />Do que sei do Admiral<span style="font-weight: bold;"> </span> é que ele cresceu, constituiu família e trabalhou em jornal, onde por muitos anos esteve, e fez amigos. A demissão veio, junto com uma indenização, o suficiente para se arriscar na gravação do seu primeiro CD. Com doze faixas, vaticinou que quatro, mais populares, quase uma heresia para seu passado, seriam "trabalhadas" junto aos inúmeros amigos que fizera na imprensa.<br /><br /></div> <div class="para"> </div> <div class="para">Implacáveis amigos.<br /><br />Seria melhor que não escrevessem nada sobre seu disco <span style="font-weight: bold;"></span>, que seriam mais amigos: "Letras desprovidas de sentido, num agrado inexplicável ao Axé" ou "Numa toada enervante, de forte acento sertanejo, nos faz crer que uma espingarda de cano duplo seria suficiente, se Admiral tivesse parceiro".<br /><br /></div> <div class="para">Admiral, convencido pela força da bruta realidade, esqueceu-se da música mas não dos adjetivos a serem aplicados a quem a faz: Hoje é crítico de música em jornais da Internet e ocasional em listas de discussão. </div> <div class="para"><br />Seu disco faz um sucesso danado nos alto falantes da rádio comunitária do bairro de Santo Crítico: Tocam as quatro comerciais faixas "de trabalho". <form style="display: inline;" name="topicsForm" method="post"> </form></div></div></td> <td class="boxmidr"><br /></td></tr> <tr> <td class="botl"><br /></td> <td class="botr"><br /></td></tr></tbody></table></div> <div id="footer"> <div class="footer_l"> <div class="logogoogle"> </div> <div class="logosml"> </div> <div class="foottxt"><br /></div></div></div></div></span></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-88959954049235441892007-10-21T10:19:00.000-02:002008-01-08T09:08:09.219-02:00O músico e o fim do imposto sindical<div><span style=";font-family:Arial;font-size:85%;" ><em><span style="font-size:130%;"><span style="font-style: italic;">(Escrevi o post abaixo em outubro. Hoje, já em janeiro, vejo que a esperança em ver um sindicalismo de verdade se esvaiu no lobby dos pelegos de sempre. A proposta do Augusto não prevaleceu)</span></span><br /><br /><br />"<span style="font-size:130%;">Eu acho que o imposto sindical acomodou muito o sindicalismo brasileiro. A verdadeira fonte de recursos do sindicato deve ser mesmo a categoria"</span></em><span style="font-size:130%;"> (*)</span></span></div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" ><em>Lula, em 1979.<br /><br /></em></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Quando ainda funcionário do Banco do Brasil, no final dos anos 70, vi chegar ao BB os ecos da grande movimentação sindical ocorrida entre os metalúrgicos do ABC , como mais uma pá que enterrava o regime militar e os anos de exceção. No Banco, exatamente na agência onde eu trabalhava, lançava-se a candidatura do colega Augusto Carvalho à sucessão sindical da entidade onde pelegavam os resquícios do regime que agonizava, numa mobilização que aproximava das nossas mesas, das nossas máquinas de somar, da nossa papelada e malotes de cheque de compensação uma nova esperança, a mesma cantada na trilha sonora do povo nas vozes de Elis, Milton, Chico.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Vai passar, cantava Chico. Estava passando.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Vi ali nascer o embrião de fortalecimento de uma categoria num movimento vigoroso de sindicalizações , no sentido de levar Augusto à presidência da entidade. </span><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Augusto venceu, o sindicato cresceu, os bancários se transformaram na categoria mais mobilizada do sindicalismo, diante da repetição do mesmo fenômeno em várias outras capitais do país.</span><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Depois o mineiro de Patos, de presidente do sindicato alçou vôos políticos maiores, como deputado federal, candidato a governador, numa trajetória correta e coerente.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Nos últimos dias, Augusto, Deputado do PPS do Distrito Federal viu sua proposta de extinção do Imposto Sindical aprovada por 215 votos contra 161, encaminhando o texto para o Senado. O Imposto sindical , aquele mesmo que é enfeitado com a denominação de "contribuição sindical", compulsório, caiu na Câmara e está com os dias contados. Agora o sindicalismo só valerá com participação, com campanhas intensas de sindicalização , claro que mediante a justificativa da existência da entidade se cristalizando cada vez mais entre a categoria.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Hoje, distante do Banco de então, que já me dividia com a arte de ser músico profissional, vejo que as entidades sindicais de músicos terão que repetir a história de Augusto, numa eficiente campanha de sindicalização a ser desenvolvida, sob pena de não conseguirem sustentar suas estruturas, já que outra vigorosa fonte de recursos dessas entidades corre risco há algum tempo: O artigo 53 da Lei 3857 que determina a cobrança de 10 por cento sobre o valor dos cachês de músicos estrangeiros que se apresentem no Brasil, destinando à OMB e ao sindicato onde o espetáculo se realizar a quantia descontada, metade para cada entidade. O 53 está sob a mira de empresas promotoras de eventos no país, secundadas pelo forte Lobby de operadoras de telefonia e outros potenciais patrocinadores de eventos com artistas estrangeiros.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Aqui no Rio, em números do final de 2005, a entidade sindical dos músicos tinha pouco mais de 600 sócios efetivamente sindicalizados, pelo menos em condições de votar, ou seja, adimplentes no pagamento da anuidade , que deveria se somar ao agonizante Imposto Sindical. Acontece que o Imposto Sindical alcança a todos os músicos regulamentados, sindicalizados ou não, e mesmo diante da grande inadimplência, significa, ainda, a grande fonte de sustentação da entidade sindical. Agora, com a iminente queda da sua obrigatoriedade, o sindicalismo se verá obrigado a motivar a adesão de novos "sócios", efetivamente sindicalizados, o que inclusive agregará um colorido mais democrático , de maior participação de músicos de todas as matizes e áreas de atuação, não tanto ao Municipal ou ao Canecão, mas muito também aos músicos da noite, esse gigantesco contingente de brazucas que mantém o encanto da música ao vivo perto do dia-a-dia (ou da noite-a-noite) dos brasileiros.<br /><br /></span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >(*)(fonte: Coluna do Elio Gaspari)</span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------</span></div> <div> </div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Na coluna do Ancelmo Goís, a nota de que um projeto de regulamentação da profissão de DJ está na mesa do Ministro do Trabalho, Carlos Lupi.</span></div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >Vem aí uma ODB?</span></div> <div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >E nós, músicos,não conseguimos dar um passo concreto sequer na modernização da nossa lei de regulamentação, ainda a mesma, como os mesmos são os que se entronizam sentados nela.</span><div><span style=";font-family:Arial;font-size:130%;" >OMB - Um problema de gestão? Também. Mas principalmente um problema de indigestão. Com os mesmos de sempre lá, não dá mais pra engolir.<br /></span></div> <div><span style="font-size:100%;"> </span></div><span style=";font-family:Arial;font-size:100%;" > </span></div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-27450418.post-10730790846013999272007-09-13T12:48:00.001-03:002007-09-13T12:48:56.620-03:00Sem Noção<div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Que tal fazermos uma campanha para nós mesmos melhorarmos? O que queriam que representasse um povo oportunista, bandalheiro, que não respeita as convenções sociais, que paga propina para a polícia, que atravessa o sinal , que não respeita o pedestre, que explora a empregada doméstica, que tem a lei de Gerson como primeiro tratado a ser obedecido? </span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Para um povo frouxo, que enxerga os problemas sempre a milhas de distância: não poderia haver nada melhor do que Brasília: "É distante demais, está longe do meu alcance, posso lavar as mãos", diz-se em São Paulo, Rio, Salvador, Recife, Porto Alegre...</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Crivella no Rio, Mercadante em Sampa, e os outros senadores que votaram pela safadeza ou se abstiveram, o que dá no mesmo, volta e meia estão perto dos suas bases, e o que faz o povo? Vai persegui-los, espezinhá-los, pressioná-los? Não. Vai para o botequim fazer cara de Regina Duarte e repetir o noticiário atrás de copos de chopp, falar que o problema está em Brasília, sem saber nem o que tem feito a câmara de vereadores da sua cidade.</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Onde estão os "cansados"? Quanto sonegaram este mês? </span></div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Onde estão os petistas e o primado da ética de ontem? Francamente, que papelão! Faltam glóbulos para avermelhar a cara, como se avermelhou a estrela?</span></div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Onde estava a ética de hoje dos tucanos do seu também corrupto governo de tempos atrás, de Jader, que era o Canalheiros de FHC? </span></div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Onde estará a ética de hoje do PSOL amanhã, se no poder? </span></div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">E nós, onde estivemos, onde estamos e onde estaremos?</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Muita conversa, indignação meia-boca. Quero ver é atitude nas ruas. Transformação social em si mesmo, de baixo pra cima, sem subterfúgios, sem conversas à boca miuda, sem artimanhas. Sem fazer, no seu universo político possível, a mesma coisa que se critica na política dos altos escalões da cara de pau . Que cada um procure o Calheiros que há dentro de si, e se o achar, o destitua, o expulse, o casse. Que aproveitemos e façamos o mesmo com o Chavez, o Fidel, o Lula, o FHC, o Azeredo, o ACM, o Luis Estevão, o Bush, o Bornhausen, o Garotinho que habita cada um de nós...</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">Precisamos respeitar e incorporar os argentinos, que por muito menos , tocam o terror nos canalhas. Precisamos de sangue <strong><em>platino</em></strong> nas veias, porque de "latino", só tem mesmo aquele "cantor" que toca nas rádios seu sucesso bem apropriadamente denominado "Sem Noção".</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">É um desabafo</span></div> <div> </div> <div><span style="font-family:Arial;font-size:130%;">João Bani</span></div> <div> </div>João Banihttp://www.blogger.com/profile/06989518481086656254noreply@blogger.com7